quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Escrevo quando dói.


Geralmente só quando dói, bem dolorido, é que as palavras saem mais bonitinhas e eu solto todo sentimentalismo que a praticidade adquirida com a rotina corrida, esconde.
E é por esse motivo que eu não gosto de escrever.

Porque se eu escrevo é porque dói.

Escrevo largando mão da máscara para as pessoas próximas. Escrevo não ligando para o que vão pensar quando ler. Escrevo porque não sei expressar de outra forma que essa dor que habita aqui me enlouquece, me tira o chão, me coloca como igual a tantas outras dores por ai.
E é por esse motivo que eu não gosto de escrever.

Porque se eu escrevo é porque dói.

Escrevo o que é intenso, o que é real, o que me desespera... Aflorando um sentimento já tão antigo, tão longe, tão presente, tão aqui, tão comigo assim, tão de repente. Escrevo porque escrevendo eu sou Eu da minha forma mais sincera, ainda que eu nem queira.
E é por esse motivo que eu não gosto de escrever.

Porque se eu escrevo...



É porque

Dói.
 

domingo, 22 de agosto de 2010

Ela


E termina como se tivesse não começado.

Salvo as mil palavras, páginas em que se perdeu durante uma ou duas horas... três ou quatro horas...

Durante todas as outras 40 horas ou mais só esperava por algumas outras palavras... Daquelas recheadas de sentimentos enlouquecidos, insanos e até mesmo falíveis... mas, ainda assim, sentimentos. Palavras que não vieram, palavras que talvez nem existiam, para que então, pudessem vir.

A vontade de sorrir ficou em segundo plano assim como a vontade de falar. Na verdade ela queria apenas ouvir. Ouvir mais uma vez, ouvir de novo...

Mas ela não ouviu e deita na expectativa de sonhar com aquilo que queria ter escutado durante todo o tempo...

Mas o silêncio foi alto demais para que ela pudesse ouvir as palavras que ressoavam sem parar nas entrelinhas.

sábado, 8 de maio de 2010

Meu primeiro dia das mães sendo mãe!!!

Todos os dias das mães sempre foi muito especial pra mim. Eu tinha um dia todo para lembrar minha mãe a cada segundo que ela era a melhor mãe do mundo (não que eu não tente fazer isso todos os dias)...

Esse ano o dia das mães passou a ter um significado ainda maior para mim. Agora eu sou mãe e eu sinto em cada partezinha de mim o quanto isso é um privilégio que eu não tenho como descrever nem que eu tentasse usar cada palavra do dicionário.


Ser mãe é estar no paraíso todos os dias. É estar cansada, querendo fazer ele dormir as 3 da madrugada mas não resistir quando ele abre o sorriso banguela mais lindo que eu nunca pude imaginar.

Ser mãe é ter todas as razões para sorrir em um segundo. É procurar ainda mais espaço aqui dentro porque não me agüentar de tanto amor.

Ser mãe é ganhar um novo sentido para vida, é viver por amor. É viver de amor.

Desde que eu ouvi o primeiro chorinho dele eu descobri que sim, é possível se viver só de amor.

Ser mãe é dar a vida... é implorar à Ele a saúde do pequeno enquanto a sua não está lá aquelas coisas.

Ser mãe é ainda mais... é doar a vida!

Ser mãe é deixar a bagunça da pia de lado por não querer ouvir o choro sentido do bebê no carrinho, afinal, tenho que aproveitar... todo mundo fala que passa tão rápido e eu quero lembrar que esse rápido foi ao máximo aproveitado.

Ser mãe é sentir orgulho infinito. Ser mãe é escolher as melhores roupas, é querer os melhores brinquedos, é ter roupa para 3 filhos diferentes sendo que só se tem um.

Ser mãe é ter sapatinho 21 sendo que ele não usa nem 13 ainda...

Ser mãe é falar angu e virar criança com os chocalhos e achar o máximo quando ele tenta, descordenado, tocar no brinquedinho.

Ser mãe é digitar com uma mão enquanto a outra segura a mãozinha daquele que me faz escrever tudo isso.

Ser mãe é as vezes padecer no paraíso, paraíso, paraíso... Quem falou mesmo em padecer?

NUNCA a frase “Ser mãe é ter o coração fora do corpo” fez tanto sentido para mim.

Feliz dia das mães pra quem tem o privilégio de não ter mais o coração do lado de dentro.

E eu vou ali, ver se o meu coração tá batendo direitinho.


À Ele seja toda honra, glória e louvor por eu ter a oportunidade de ter dado o dom da vida para você, que hoje é vida em mim. Arthur a mamãe te ama MUITO mais do que um dia você possa entender! E o presente vai ser pra sempre meu!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Encontros e Desencontros

Ainda que os pés estejam no chão, o sonho é tão grande e a realização dele era tão esperada que não cabe a mim segurar com todas as unhas na terra. Eu, ainda que mantenha os pés no chão, acabo me permitindo um passeio aqui e ali por lugares altos que eu realmente desconhecia e que eu só tenho a passagem livre se me propor a deixar meus medos ali em baixo, fincados na terra, junto com as tais unhas.

Metadinha medrosa fica ali em baixo, com o coração na mão esperando que eu volte somente com aqueles velhos buracos conhecidos, as unhas, os dedos cruzados esperando que as lágrimas sejam apenas efeito do vento forte no rosto...

Outra metade fica ali em cima, pairando sobre os sonhos mais esperados, os lugares mais estranhos, as sensações ainda quase desconhecidas... entorpecida. Esquece do medo, dos receios, das unhas cheias de terra, e... vive.

E vez ou outra acaba vivendo demais o que não queria viver nem de menos.


Eu só me encontro quando me perco.

Geralmente é assim.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

E eu que não ia me casar...



Quando eu me vejo com o vestido que custou BEM MAIS que os olhos da minha cara, (por isso está sendo paga “a perder de vista” rs) me sinto metade noiva e metade baiana de carnaval.
E quando eu coloco o vestido com o sapato branco “de noiva”, a única parte que me deixa realmente à vontade é a meia xadrez que eu não tirei na hora de provar o vestido! =D

É um sonho! Eu vou casar e vou me sentir noiva... (e baiana de carnaval – mas quem foi que disse que eu não posso realizar dois sonhos ao mesmo tempo? rs rs)

Noiva feliz.

Falta menos de dois meses e eu ainda não sou uma noiva neurótica! Obrigada =D


Ps. Muito brincadeira sobre o sonho do carnaval e tali e cousa e cousa e tali ;D

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Introspecção

Introspecção.


Sentir, ressentir. Amar, odiar. Estar, estressar. Fingir, existir. Ter, esquecer. Suprir, cumprir. Trair, cair. Pensar, ausentar.


calar... calar... calar...




Introspecção.







shiu!


Não falar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

"O dia se prolonga e eu consigo perceber cada minuto. A noite demora a chegar, e quando chega, nem vejo passar. As vezes parece que ando encontrando pedaços de mim a noite, as vezes parece que tenho deixado pedaços de mim que só encontro quando a noite chega. As vezes parece que os pedaços que quero encontrar estão em você. Não pensa trocá-los por outros pedaços que não deixem buracos tão grandes?!?!
As vezes até parece que você nem sabe que possui tantos pedaços de mim. As vezes parece que nem eu sei quantos pedaços de mim existe em você. As vezes até sei, mas finjo não saber. As vezes parece que todos os ruídos que existem em um olhar se calam frente ao silêncio. Frente ao meu silêncio. Ao silêncio que só a noite trás e a gente só disfarça fingindo não perceber os gritos abafados dos olhares quando eles se cruzam. Cada minuto do dia se prolonga. A noite passa sem se fazer notar, e eu continuo deixando meus pedaços todos os dias, todos os dias."




Por eu mesma - blog antigo: omeuteatrodecadadia.blogspot.com